terça-feira, 1 de julho de 2014

Colheita e classificação


A colheita dos pepinos teve início no dia 07 de maio e se estendeu até o dia 25 de junho, sendo realizada três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas.
Os frutos foram colhidos com 15 a 23 cm, observando-se também a coloração da casca, que deve estar brilhante.

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           Fruto adequado para colheita                  Fruto inadequado para colheita

Após a colheita os frutos foram classificados de acordo com as Normas de Classificação do Programa Brasileiro para a Modernização da Horticultura, que consideram grupo, subgrupo, classe e categoria.
Os cinco grupos são:

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A classificação em subgrupos é feita de acordo com a coloração externa do fruto, podendo ser verde escura (para qualquer um dos grupos), verde escura brilhante (para pepino japonês), verde clara (para pepino caipira e comum) ou branca (para pepino caipira).
Já as classes são definidas de acordo com o comprimento do fruto, como pode ser observado na tabela abaixo.

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A categoria dos frutos depende da qualidade que eles apresentam, o que está relacionado à presença de defeitos graves, leves e variáveis.

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Após a classificação o produto deve ser embalado em bandejas de isopor ou acondicionado em caixas de papelão, caso seja vendido a granel.
Na embalagem deve constar um rótulo para identificação e rastreabilidade do produto.

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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Projeto Exploratório

No início da disciplina FIT 461 – Produção de Hortaliças em Ambiente Protegido foi proposto que apresentássemos um projeto exploratório no qual explicássemos a forma como a cultura seria conduzida.
Este é o resumo do nosso projeto!
O pepino (Cucumis sativus L.) pertence à família das cucurbitáceas e tem como centro de origem a Índia, de onde foi levado para a China, Filipinas e Taiwan, sendo hoje amplamente consumido sob a forma de inúmeros cultivares. Utilizaremos a cultivar Hokuho (grupo japonês) da empresa Sakata.
A semeadura foi realizada no dia 19/03 em badejas de isopor com 128 células, com uma semente por célula e substrato Tropstrato HT (empresa Vida Verde) acrescido de 250g de supersimples por saco de substrato (25kg), obtendo-se 99,1% de germinação.
A adubação foi baseada na 5ª Aproximação, na análise de solo e na curva de absorção da cultura, sendo dividida entre plantio, com aplicação de 10 kg de N/ha (uréia), 40 kg de P2O5/ha (supersimples), 10 kg de K2O/ha (cloreto de potássio), 1,23 t/ha de calcário e 5 m3/ha de cama de frango; e cobertura através de fertirrigação com 120 kg de N/ha (sulfato de amônio e nitrato de cálcio), 120 kg de P2O5/ha (MAP), 230 kg de K2O/ha (cloreto de potássio), aplicados semanalmente.
O transplantio foi realizado no dia 02/04, após colocação de filme plástico (mulch) em duas das quatro linhas, em sulco e em fila simples espaçada de 1,0 m entre linhas e 0,3 m entre plantas, totalizando 93 plantas na área.
A irrigação será feita através de sistema de gotejamento, com espaçamento de 0,3 m entre gotejadores de vazão 1,04 L/h e calculada através da Etc (evapotranspiração da cultura), sendo os dados de temperatura obtidos através de estação meteorológica (E1000, da Irriplus).
As plantas serão tutoradas com fitilho e conduzidas em dois tratamentos: duas hastes e todas as hastes, sendo que em ambos os casos foram retirados os frutos até o 5º internódio.
As quatro pragas mais importantes da cultura são mosca-branca, pulgões, broca-das-cucurbitáceas e vaquinha, sendo utilizado controle químico com Decis, Mospilan e Cartap. O controle de plantas daninhas será feito através de capina manual.
O ponto de colheita dos frutos ocorre quando estes apresentarem de 15-23 cm, sendo a primeira colheita realizada no dia 07/05 (50 dias após transplantio) e, a partir de então, feita em dias alternados (segunda, quarta e sexta), por aproximadamente 90-100 dias após transplantio, estimando-se em 90t/ha. A classificação dos frutos será feita de acordo com o Programa Brasileiro para a Modernização da Horticultura que considera o grupo (japonês), o subgrupos (de acordo com a coloração da casca) e classe (tamanho) e categoria (presença de defeitos). A embalagem será em bandejas de isopor cobertas por plástico acondicionadas em caixas de papelão.






terça-feira, 24 de junho de 2014

Tutoramento e condução

O tutoramento das plantas foi feito utilizando-se bambu na formação da estrutura de sustentação, arame na horizontal para amarração do fitilho e fitilho para a sustentação das plantas.
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Todas as plantas tiveram os botões florais removidos até o 5º internó, impedindo assim que os frutos encostassem no chão e ficassem tortos.
As plantas foram conduzidas de duas formas:
  • Com 2 hastes, selecionando a haste principal e a secundária mais vigorosa, sendo os demais brotos removidos.

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  • Com todas as hastes, utilizando o fitilho de forma “trançada”.
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O objetivo das diferentes condições foi avaliar a produção.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Pepino em conserva

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O desenvolvimento dos pepinos está muito bom e já colhemos aproximadamente 110 kg em nossa área de 28 m2. Ainda temos muitas informações técnicas para disponibilizar mas, na postagem de hoje, vamos disponibilizar a receita do pepino japonês em conserva, que fez muito sucesso nos lanches realizados no intervalo da disciplina. A receita é muito fácil!

Ingredientes

  • Pepino japonês
  • Sal
  • Vinagre
  • Água
  • Condimentos de sua preferência (alho, cebola, pimenta, etc.)

Preparo

Os pepinos precisam ser lavados e depois terem suas pontas removidas. Depois disso devem ser colocados em um recipiente com bastante sal envolvendo-os para que soltem a água (não coloque água, apenas o sal) por aproximadamente 4 horas.

Enquanto isso, deve-se preparar os vidros para acondicionar a conserva, fervendo-os por 15 minutos. DSC02537

Os pepinos escorridos são então colocados dentro dos vidros para posteriormente acrescentar a calda.

Para fazer a calda basta misturar água e vinagre na proporção 1 (água) : 2 (vinagre) ou, se preferir mais suave, 1:1. Essa mistura deve ser fervida com os condimentos por pelo menos 3 minutos.

Depois é só acrescentar a calda aos pepinos já acondicionados no vidro e está pronto!

No dia seguinte já é possível comer!

DSC02534Dicas

  • Se desejar um período maior de conservação ferva os vidro novamente com o produto pronto e/ou conserve na geladeira.
  • Ao invés de colocar os pepinos inteiros ou em pedaços no vidro você pode experimentar coloca-los fatiados, também ficam ótimos!

terça-feira, 13 de maio de 2014

Adubação


A adubação foi dividida em duas partes: plantio e cobertura através de fertirrigação.
As quantidades foram baseadas na análise de solo, na 5ª Aproximação (Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais) e na curva de absorção de nutrientes da cultura.

Análise de solo
Análise de solo


Análise de solo

5ª Aproximação

Plantio
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Cobertura
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Curva de absorção de nutrientes da cultura
Curva de absorção
Blanco, 2006

Foi realizada calagem em área total, sendo que a quantidade calculada foi de 1,23 t/ha. Como a área que utilizamos possui 28m2 foram colocados 3,4 kg de calcário.

Através dessas ferramentas a adubação foi discutida pelo grupo e decidimos realizar a adubação de plantio e cobertura conforme a tabela a seguir:

Na adubação de cobertura, para a nossa área (28m2), o parcelamento da fertirrigação tem sido feito da seguinte maneira:

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Além disso, na primeira fertirrigação foram aplicados 16,5g de ácido bórico (1 kg/ha), uma vez que, de acordo com a análise de solo, a quantidade estava baixa.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Semeadura


A semeadura foi realizada no dia 19/03/2014 em bandejas de isopor com 128 células, utilizando o substrato Tropstrato HT da empresa Vida Verde, acrescido de 250 g de superfosfato simples para cada saco de substrato (25 kg).DSCF9489
As bandejas foram preenchidas com o substrato e, em cada célula, foi colocada uma semente. Foram semeadas 112 sementes de acordo com a área a ser plantada posteriormente.
Após irrigadas as bandejas foram envolvidas em plástico para conservar a umidade e a temperatura, beneficiando a germinação e emergência. Com 3 dias o plástico foi removido e as mudas transferidas para o viveiro.
A taxa de germinação foi de 99,1%, uma vez que apenas uma semente não germinou.

terça-feira, 6 de maio de 2014

A planta


O pepino (Cucumis sativus L.) é uma planta:
  • herbácea
  • de ciclo anual
  • pertencente à família das cucurbitáceas
  • com hábito de crescimento indeterminado, desenvolvendo-se no sentido vertical ou prostrado, dependendo da presença ou ausência de tutoramento.


    Gavinhas
O seu caule é formado por uma haste principal longa e flexível, dotada de ‘gavinhas’, estruturas usadas para se fixar em suportes. Essas gavinhas são formadas a partir de cada nó presente na haste, de onde também são formadas uma folha e uma gema lateral.
 
Folhas




As folhas são grandes, cordiformes (formato de coração), se distribuem ao longo das hastes de forma alternada, são ásperas e possuem um longo pecíolo. Sua cor é verde escuro sendo coberta por tricomas muito finos.



O sistema radicular é do tipo ramificado, denso e relativamente superficial, atingindo no máximo 50 cm de profundidade.

DSC02483Flor feminina
As flores são formadas a partir da axila das folhas da haste principal e dos ramos secundários, e possuem coloração amarelo brilhante. Nas flores femininas é possível observar os primórdios do fruto (ovário ínfero), enquanto que nas masculinas não é possível observar o futuro fruto. 

Flor masculina 


Quanto ao seu hábito de florescimento, o pepineiro pode ser: monóico, ou seja, com produção de flores masculinas e femininas na mesma planta, necessitando de polinização; ginóicos, quando produzem apenas flores femininas; ou partenocárpico, no qual as flores femininas não necessitam de polinização para desenvolverem frutos.  
Fruto


    Os frutos do pepineiro são bagas suculentas, de formato cilíndrico, com 3 a 5 lóculos. Possuem coloração que varia de verde-clara a verde-escura conforme a cultivar. 


segunda-feira, 28 de abril de 2014

Origem e cultivares


O pepino (Cucumis sativus L.) pertence à família das cucurbitáceas e tem como centro de origem a Índia, de onde foi levado para a China, Filipinas e Ilhas Formosas. No norte da China originou-se um grupo de pepinos com frutos mais alongados e diâmetros reduzidos. Outro grupo se desenvolveu no sul da Ásia, alcançando as Ilhas Formosas e depois a Ilha Okinawa. Chegou ao Japão em 1923, originando os grupos "Aodai" e "Aonaga", hoje conhecidos como pepinos Comum e Japonês, respectivamente. Outros tipos de pepino que existem no mercado são o "Caipira" e "Conserva" (Hortibrasil).

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Hortibrasil

Na disciplina FIT 461 utilizamos a cultivar Hokuho, do grupo japonês, da empresa Sakata.

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(Sakata Seed Sudamérica)

O pepino tipo japonês possui frutos triloculares, de coloração verde-escura, alongados, com a presença de espinhos brancos. Os frutos são colhidos quando atingem entre 18 e 25 cm de comprimento. Possuem sabor agradável, sendo bem aceitos por mercados exigentes. Os frutos se desenvolvem por partenocarpia, ou seja, sem a necessidade de polinização, permitindo o cultivo dentro de casas de vegetação (Carvalho et. al., 2013).